As Amarguras do Amor

As Amarguras do Amor

Victor Fernando

Meus caros e graciosos companheiros, tenho muito prazer em contar a vocês uma história de amor inspirada nas histórias antigas, contadas nos livros. Vocês já leram ou escutaram alguma delas: Romeu e Julieta ou a história do infeliz Stendhal com a sua amada Métilde. Estes dois exemplos representam a decrépita narrativa que me proponho a contar

Ela se passou em um ano muito antigo, que nem vale dizer quando, pois nos perderíamos em números. Ela aconteceu entre um jovem esbelto e tímido e uma moça tida por muito como estando a cem passos à frente de todos de sua época. Ela era linda, contava 20 anos e uma mente fresca, onde acumulava muitas ideias e conhecimentos. Angariava muita simpatia aonde passava. Nosso herói, pelo contrário, mantinha-se reservado e não angariava tanta simpatia quanto nossa musa.

Ele já vinha muito ferido de amores anteriores quando a conheceu. Dois anos antes estava mergulhado em fracassos amorosos que contavam mais de 30. Estava decidido nunca mais amar, apesar da idade muito jovem. Contudo, meus caríssimos amigos, em matéria de amor nunca se pode esperar nada mais que a submissão a esse sentimento imperial, que governa com mãos de ferro. Quando menos percebeu, estava louco de amores por essa moça. Em seus pensamentos ela era rainha e quanto estava próximo dela seu coração explodia e ele gozava da maior felicidade que já sentiu. Quando estava com ela o seu único desejo era o de tomá-la entre seus braços e beijá-la e sentir seu corpo; queria perdeu seu fôlego com ela.

Contudo, meus amigos, assim como essa história será curta, curto também foram os amores desses jovens, que não chegou a durar 1 mês. Estando o amor de nosso herói com 2 semanas de existência, ele cometeu um erro comum ao ser humano: declarou-se perdidamente apaixonado. Com o coração na mão e a consciência apertando, esperou a resposta. Desculpa contar esta história a vocês, pois ela é triste, e a nossa ocasião é alegre. A resposta foi a mais amarga que ele, um jovem de 18 anos, poderia ouvir: nada. Ela não disse nada e retirou-se, deixando ele a sós. Para poucos entendedores meias palavras bastam: retirou-se também e voltou, aos prantos, para sua casa. Novamente peço desculpas por um final tão triste. Não era minha intenção, porém, tudo deve ser feito pela verossimilhança e pela necessidade. A história caminhou por esse trilho. Mesmo que não tenhamos vivenciado tais momentos pesarosos, sentimos o desgosto ao ouvi-los.

Para finalizar a desventura de nosso garoto, conto que ele foi infeliz no resto daquele ano, não só por esse motivo, também por outros, mas principalmente por esse motivo, que foi decisivo em sua vida e mudou para sempre as suas maneiras. Polpo vocês do que veio depois, pois foram acontecimentos muito desagradáveis. Fiquemos por aqui com nossa narrativa.

@ich.binvic

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