Os dedos das santas costumam faiscar

Lançamento de Livro

Os dedos das santas costumam faiscar

De Conceição Rodrigues

 

Dia 14 de Janeiro de 2022

20horas

LOCAL: online – youtube da Editora Patuá

Mediação: Eduardo Lacerda

Participação de Sonia Marques e Paulo André Souza e Geórgia Alves.

 

SERVIÇO

Lançamento do Livro

Os dedos das santas costumam faiscar

Quando: 22 de Janeiro de 2022

Local: Espaço Cultura Nordestina

Onde: Rua Guimarães Luiz, 555 –

Poço da Panela | Recife – PE

 

Quando:  19 de fevereiro de 2022

Onde: Livraria Jaqueira do Recife Antigo

 

EDITORA PATUÁ

O livro de Conceição Rodrigues (Editora Patuá, 2022) é dessas publicações que acontece uma vez na vida, arremessando leitores e leitoras a, não se sabe se à mais alta montanha ou entranhas do subconsciente, diante da palavra que resteure forças. Sobretudo do útero, a exemplo das sábias frases de nossas avós que se reviram neste momento do túmulo, da obra de Frida Kahlo, do que se certifica é apenas na Arte que se pode buscar.

É mister ouvir a voz que desperta do íntimo, ao ler o livro em desatos, um destes grunhiu a frase de tantas incertezas e uma verdade: a vida é invenção da morte e vice-versa. Não termina, não muda caso seja a caminhada cristã ou anticristã. Na radicalidade de sua devoção ao gênero, poética-filosófica, Conceição prova que não há escolhas. Ao existirmos, o que temos a fazer é viver sem pausas, pontos, vírgulas. Ainda mais enquanto fêmeas em ira.

À crítica resta assumir não ter coisa à altura a dizer, porque uma Literatura assim só se reconhece com tempo. O famoso “só sei que nada sei”, pois tudo sinto diante da obra. Nada posso diante do inevitável desencanto: Saber que não há milagres, tragédias ou qualquer seja a (in) convivência do ser para a arte, não vamos em tempos cegos superar o mal-estar da literatura, da vida que se preze enquanto vida pois é nossa vocação sermos livres, enquanto vive em potência.

Que o artista insista reger pelas sensibilidades, mais do que levar a cabo a radicalidade da razão que proclama: só existe este problema verdadeiramente sério para Filosofia, Camus insiste que não há a liberdade de ditar o término para os que creem. Não será – por inúmeras razões – do que se ocupa a Poesia de Conceição Rodrigues. Nos dedos das santas há faíscas extraídas do mesmo fósforo aceso por Faulkner. Neste momento, sem precedentes, é sim pelo que mais aspiramos.

Não apenas desejamos por novas sensibilidades na Literatura da gente, como compreender em que podem continuar vivas que que foram postas há tempos e não há como não reconhecer a Literatura Contemporânea de Conceição Rodrigues sobre a égide dos cânones que tanto perfizeram trajetórias olhando por retrovisores.

O mundo terminou, o que se pode antecipar diante os dedos das santas costumam faiscar é que se tem uma escolha. Outra Eva pode tocar a eternidade, de olhar fixo na iminência dos dedos em fogo reverbera existência do divino. Ainda experimente dores não cabe existir somente em si mesma, mas nas faíscas soltas em Recife em chamas.

Desde o primeiro contato, os desatos de os dedos da santas costumam faiscar despertam nossa ancestralidade dramática, reviram o estranho, o inexplicável da poesia faz remexer nosso corpo etéreo e flamejante: “vi que estava morta até ali”, confesso enquanto leitora. A Literatura de Conceição Rodrigues já a levou ao IV Prêmio Pernambuco de Literatura por Menção Honrosa. Desde lá, publicou molhada até os ossos, que sequer pôde lançar fisicamente em virtude da pandemia.

Conceição é também professora da rede pública e privada, trabalhadora das Letras faz tempo, tanto pela União Brasileira dos Escritores, quanto pelo Espaço Cultura Nordestina ou assistente do premiado escritor Raimundo Carrero. A poesia de Conceição Rodrigues remexe tramas da palavra ao emaranhar nas estruturas da língua.

| Texto por Geórgia Alves | Mestra em Teoria Literária pela Federal de Pernambuco | Jornalista e Crítica | Professora de Arte.

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Esta será a primeira vez, “depois do fim do mundo como o conhecíamos”, que ambas estarão diante de uma plateia. Conceição Rodrigues responderá ao vivo perguntas da jornalista Geórgia Alves, apresentadora do Programa Humanidades da plataforma e-bienal, da Bienal Internacional do Livro PE, numa sabatina prevista para acontecer no auditório da Livraria Jaqueira, em sua unidade do Recife Antigo. Não poderia ser em outro lugar, uma vez que a cidade e seu coração, o centro da capital, está também presente nas entrelinhas de sua Poesia. As duas estiveram em outros encontros literários – Mulherio das Letras Portugal e Conexões Atlânticas – de maneira virtual. Dessa vez, teremos a oportunidade de vê-las pessoalmente no auditório da Livraria Jaqueira – Recife Antigo.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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