Mês da História da Mulher!
Mês da História da Mulher!
Raul Tartarotti
Lutar por causas importantes tornam pessoas desenvolvidas e preocupadas com o futuro de todos. Pensamentos racistas, homofóbicos, xenofóbicos, sexistas, misóginos, mantém mentes e comportamentos presos ao Renascimento. Por isso movimentos como o racismo e a misoginia seguem seu próprio código civil descrito na idade média, ou seja, sem sentido em nosso tempo que tem sede de respeito, que deseja se manter moderno e intelectualizado, desenvolvido para os povos que almejam espalhar o respeito e a oportunidade a todos, e não somente aquela casta que preconiza o isolamento e a falta de dignidade aos que pensam no coletivo. Gestos atenciosos sobre esses temas demonstram a qualidade das relações e a dimensão do respeito ao próximo. Como o fizeram os italianos para comemorar o dia internacional da mulher. Eles se presentearam com cachos de pequenas mimosas amarelas. Símbolo que demonstra a força feminina, e as mulheres se presentearam como sinal de solidariedade.
Na Romênia, esse mesmo dia foi celebrado de um jeito parecido com o dia das Mães, dando motivo particularmente aos homens, do reconhecimento às suas mães, avós, e amigas, entregando-lhes cartões e flores.
Já nos EUA não foi feriado oficial, mesmo que março seja conhecido como o Mês da História da Mulher; um período para dar atenção às conquistas durante sua trajetória. Naquele dia, capitais sediaram comícios, conferências e eventos de negócios que reuniram debates e lideranças femininas sobre o tema.
Em oposição a tantas manifestações de acolhimento, encontramos no brasil, uma crítica literária racista que atacou um livro premiado.
“O Avesso da Pele”, de Jeferson Tenório, escritor, professor, pesquisador, e venceu o prêmio jabuti em 2010 com esse livro, onde descreve o racismo e narra que uma desastrosa abordagem policial acabou por matar o pai do personagem Pedro, que sai em busca do passado de sua família e refaz os caminhos paternos.
Com uma narrativa sensível e por vezes brutal Tenório traz à superfície um país marcado pelo preconceito, e um denso relato sobre as relações entre pais e filhos. Utilizando como pano de fundo uma frase do livro sobre sexo, a crítica, foi, na verdade, racista.
Expôs a permanente atitude descabida contra o negro e sua condição em um país preconceituoso, com pessoas abaladas por inevitáveis fraturas existenciais num processo de dor, mas também com redenção, superação, e liberdade.
@raultarr