Do útero ao túmulo, vivemos numa escola!

Do útero ao túmulo, vivemos numa escola!

Raul Tartarotti 

O amarelo é uma cor que traz leveza, otimismo, descontração, criatividade e alegria. Associar o amarelo ao setembro lhe confere uma hipótese de carregar consigo o final do outono e o início da primavera, e seguir em arrancada ao sabor das vidas que brotam em nossa natureza.

Mas a morte, que tudo nos arranca pode ser percebida no poema:”Dona morte dos dedos de veludo, fecha-me os olhos que já viram tudo”.

Esse poema foi escrito pela poeta Florbela Espanca, de origem portuguesa, inquieta e cheia de sofrimentos íntimos. Ela foi uma mulher de vida trágica, marcada por mortes, abortos espontâneos, divórcios e tentativa de suicídio.

Sua depressão aumentou no final da vida e ela se matou no seu 36.º aniversário, em dezembro de 1930.

Lamentavelmente, naquela época, os recursos para tratar as doenças da alma eram primitivos, e as pessoas tinham sua própria sorte como companheira.

Hoje contamos com diversas campanhas pelo mundo, e a brasileira inicia esse mês, e se chama setembro amarelo onde são divulgados os cuidados importantes para combater o suicídio, bem como mostrar a importância desse tema fazendo um alerta á população sobre a utilização do diálogo mais frequentemente com quem sofre das dores da alma.

Foi escolhido o mês de setembro porque dia 10 é o Dia Mundial da Prevenção do suicídio.

No Brasil esse assunto é considerado um problema de saúde pública, pois sua ocorrência tem aumentado muito entre os jovens.

De acordo com números oficiais, em média 44 pessoas tiram a própria vida, por dia, em nosso país.

Pensando no tabu sobre essa temática, a Associação Brasileira de Psiquiatria lançou uma cartilha em 2016, direcionada aos profissionais da imprensa, descrevendo o comportamento do suicida, onde é possível identificar e prevenir o ato final.

“Do útero ao túmulo, vivemos numa escola, por isso, o que alguns chamam de problemas, na verdade, são lições” (Chico Xavier).

O melhor entendimento nos alivia o caminhar e torna mais leve os dias de enfrentamento das dores emocionais. O estigma é uma grande barreira, mas a oferta de ajuda nos canais de comunicação não falta.

No site www.setembroamarelo.org.br encontramos ampla campanha de apoio, com a participação de voluntários que alertam quanto aos sinais típicos desse indivíduo que clama pelo gesto humanitário guardado em nós e pronto para ser utilizado.

@raultarr

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