Cringe
Por Ednéia Caldato
Cringe
      Nos últimos meses, há uma crescente discussão sobre a temática do “Cringe”, especialmente entre os jovens. Junto a isso, soma-se o embate envolvendo os nascidos em 1980 a 1995,  famosa geração Z , e geração Y, referente aos nascidos entre 1995 a 2010.
     De origem inglesa e em uma tradução direta, “Cringe” refere-se ao que é vergonhoso, no entanto ganha outros sinônimos como  “uó” e “mico”, por exemplo. Nesse cenário, são consideradas “Cringes” as atitudes como usar emojis em conversas nas redes sociais, tomar café da manhã, usar a expressão pagar boletos, usar sapatilhas com bicos redondos, e por aí segue uma vasta lista de atitudes  que podem ser comuns e cotidianas.  Entretanto, este conceito que situa o velho e o novo, ao evidenciar estes polos, revela que se trata de uma discussão sobre a finitude, uma angústia que nos acompanha em certos momentos da vida e que tem a ver com a passagem do tempo.
      A História mostra que, estruturalmente há um embate entre as gerações, estendendo principalmente ao que é moderno e ao antigo.  Essa ideia e discussão que vem surgindo sobre ter ou não atitudes “Cringes”,  ao pertencimento desta ou daquela geração, é uma discussão sobre o Saber. Nesse cabo de guerra, a melhor posição é aquela que não desqualifica o conhecimento adquirido do outro e nem o toma como totalitário, senão que, posiciona-se para o entendimento de observar o que disto que é considerado velho pode ser passível de compor o modo singular de percepções e experiências de vida, agregado ao que o moderno pode proporcionar na continuação da tecedura da construção dos próprios Saberes.
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Edinéia Caldato é Psicóloga e Psicanalista em formação.
@edneiacaldato
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