Para que serve a Arte? Ou um ano sabático
Para que serve a Arte?
Ou um ano sabático
Geórgia Alves
A sociedade não tem amor para dar a si mesma. Os pais não tem amor para educar os filhos. A tarefa ficou para professoras e professores. Que precisam ensinar o básico. Regras para boa convivência, respeito, dignidade que só se encontra no amor próprio. Amor próprio? Se não são capazes de enxergar quem está aberto e apto a lhes que ensinar o que sabe, como haveria tempo para aprender o amor próprio? São incapazes de distinguir o essencial mesmo quando visível aos olhos. Querem tudo pronto. Fast ensino. Fast desaprendizagem. Imagina encontrar tempo para aprender matemática, física, química, fórmulas para entender outros problemas. Tempo para História, Geografia, Biologia, Sociologia, Filosofia e Arte! Ah, Arte… Não dão a menor importância, o menor espaço para a certeza de que chegou a vez deles de se tornarem os utilizadores depois de feitos de utilizados. O Mercado de Trabalho. O Mercado de Trabalho. O Trabalho. Para que mundos estão se formando? O mundo em que chegou a minha vez de ser cruel e atribuir aos outros minhas tarefas, como fizeram os pais, quando há pais, como bem fazem as avós no lugar das mães, como bem fazem irmãs no lugar das avós e mães que faltam. O gesto moderno e autofágico se mantém nos trilhos. Nós .uris de arrimo erguidos contra os tesouros que somente a Arte poderia revelar. Porque quando sou engenheiro, arquiteto ou médico, sou importante porque sou útil. E quando faço Arte como me encaixar entre utilitários, utilizados e utilizadores? Se o que faço com a Arte é pensar o meu papel nesse mundo, para que eu existo? Para delegar aos outros a tarefa do que vim fazer neste mundo? Há, a sociedade bem que está precisando de um ano sabático…
@georgia.alves1