Conto: No que estou pensando…?

Conto: No que estou pensando…?

Por Geórgia Alves 

Que podia estar romanceando, que há muito barulho ou eu que não via todo cenário? Ou que, dessa vez, o conflito na região entre Ucrânia e Rússia, que envolve como argumento a inclusão da Ucrânia e Geórgia no tratado da OTAN e muitas outras questões como disputas políticas antigas, vingança, tudo seria dirimido. Que uma palavra do Papa, o homem santo, diminuiria a gravidade e o peso da matéria. Desde novembro? Uma centelha?

Cem mil soldados, desde novembro… E a crise dos recursos naturais para enfrentar o frio. O frio. O frio. O Recife e o moço ucraniano. Embora more na Inglaterra. “Sou de T.I”. Enquanto estamos nós musks, indiferentes? Eles não.

O julgo dos interesses materiais num país religioso, não ouve o papa e alia o uso da força primeiro em busca da solução. Se ao menos, ao menos fosse uma pressão política subjetiva, que não incluiria a territorialidade mais ampla, não nesta primeira instância envolveria a Geórgia. Onde, apesar da meia vida vi notícias de guerra. A Europa, o ocidente, o oriente, a China?

Não há como não lembrar da experiência dos kievianos, na praça Maidan, na capital Kiev, em 2014. Revolução conhecida por Euromaidan, onde milhares de pessoas foram mortas por ordem do governo.

Milhares de pacifistas que ocupavam a praça central da capital de Kiev mortos, alvejados por atiradores de elite. Vejam o documentário “Inverno em chamas”, melhor gênero do cinema que já inventaram, busque nas plataformas. Leiam Clarice, amplie o padrão de seu pensamento.

Em 6,000 anos de história foram apenas 250 anos sem disputas territoriais, como entender o ser humano com tanto ímpeto belicista em seu espírito?

É justo agora, agora que nossa fragilidade é visível. Que há um osso exposto que o cenário se forma. Quais palavras, que palavras-chaves seriam um caminho de compreender e solucionar a equação?

A palavra. A cultura explicaria? A iminência parda da guerra abre uma janela. Não há mocinhos ou bandidos. É muito mais complexo. Vejam o valor da Educação, da reformulação de um conceito, de como ensinar um mundo novo é necessário. Ao pé da letra? Ao pé da letra há a expressão:

Gás natural?
Brasil? Rusticidade, pois que há um rústico? Para não dizer do esgoto, do óleo, do gasoduto. Expurgo dos valores puros? Por que não, a paz? Por que os homens? Ensina a Literatura, neste momento, duas palavras? Somente duas palavras seriam…? O motivo da vez para não empregar apenas uma? Curta, breve, simples, como a Santa Trindade, contendo na forma apenas três letras?

Por que não a paz?
Por que os homens?

(São perguntas. E eu sem um botão)

@georgia.alves1

14300cookie-checkConto: No que estou pensando…?

3 comentários sobre “Conto: No que estou pensando…?

  1. Cárin, de fato, não deve, a igreja tem mais pecados que qualquer governo. Se tivéssemos a autoestima do russo, estaríamos melhores. Vi o apelo com olhos da paz transcendendo condição de homem da igreja. Acredito que dependa menos da Rússia a declaração que tememos, temo risco da estação. Chuva de mísseis, mortes. Nem OTAN pode querer apitar em todo canto do mundo, sem dúvidas, vejo muita testosterona onde devia haver razão, o que fazem os mercados americanos é mil vezes pior, sem dúvidas.

  2. Gostei de seu questionamento. O que me alivia um pouco é saber que, como mamífero, temos que brigar pela comida, por nosso território, por nossa segurança. Nós nascemos animais que têm a capacidade de refletir a respeito de equidade, fraternidade e respeito, mas o poder das armas, a ganância do capital e a ignorância histórica, impedem menos de 1% da população mundial pensar como ser humano.
    “Há mais variáveis não explicitas nesse conflito que nosso vã filosofia possa imaginar.

    • Meu caro, Valdi, sem sombra de dúvidas não é possível compreender o conflito. Só me lembrei da frase de Gyorg, quanto melhor, pior. É à ironia de ideias radicais que o texto se acerta, nessa radicalidade é que se faz a guerra. Só pude eu dizer quando soube, a diplomacia falhou.

Deixe comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos necessários são marcados com *.